"A cobrança sempre vai existir no futebol, e temos que saber isso. A Seleção está se encaixando, com certeza as coisas vão mudar, os gols vão sair e as vitórias virão. Eu não tenho problema nenhum com cobrança. Já tenho quase três anos no profissional e não sinto peso nenhum. Não vão ser mais algumas cobranças que vão me fortalecer", disse o atacante Neymar.

O lateral direito Daniel Alves tem opinião parecida. Para o jogador do Barcelona, os brasileiros estão acostumados a títulos e bom futebol, o que faz com que qualquer tropeço seja supervalorizado. Mesmo que a equipe tenha jogado bem.

"A cobrança, não só para o Mano como para todos nós, é aceitável. A Seleção Brasileira acostumou mal o povo e estamos pagando por isso. Apesar do grupo ser bastante jovem, são jogadores que, cada um dentro de sua posição, têm que chamar a responsabilidade. Temos que cobrar uns aos outros, já que estamos na Seleção Brasileira e não podemos nos conformar com empates", afirmou.

Para amenizar as cobranças, unanimidade. Durante toda a semana, os jogadores que concederam entrevistas apresentaram o mesmo ponto e vista sobre o que faltou para a Seleção: o gol. A palavra foi repetida à exaustão e virou uma obsessão para a partida contra o Paraguai, sem que os atletas conseguissem explicar como construí-lo.

A avaliação dentro do grupo é de que as chances foram criadas e o principal entrave foi a finalização. O próprio técnico Mano Menezes disse que faltou contundência ao ataque, apesar de ter visto uma queda de produção no segundo tempo da partida.

"O que faltou mesmo foi o gol. Infelizmente não conseguimos acertar. Nessa semana teremos a oportunidade de trabalhar nisso e esperamos que nos próximos jogos eles possa sair", disse o atacante Alexandre Pato, que deve ser mantido no ataque para o jogo contra o Paraguai.