Pressionado, Brasil decide futuro apostando em menos firula e mais garra

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Após ver rivais Argentina e Uruguai darem a volta por cima, seleção vai no embalo da 'chacoalhada' de Lúcio e troca beleza por jogo de resultado para conseguir passar pelo Equador e ir às quartas de finais
O Brasil que entra em campo logo mais às 21h45 (horário de Brasília) contra o Equador no estádio Mario Kempes, em Córdoba, para decidir seu futuro na Copa América estará pressionado pelo desempenho dos rivais e será menos firulento e mais objetivo, menos bonito e muito mais garra. O tom do novo estilo foi dado na cobrança do capitão Lúcio, corroborado pelo goleiro Júlio César e seguido até por Mano Menezes, que, ao que tudo indica, deve escalar o time com uma mudança de nome na lateral-direita que justamente troca a beleza pela força.

Nos últimos dois treinos, o técnico testou Maicon no lugar de Daniel Alves na ala direita, opção que claramente tem a ver com as falhas do jogador do Barcelona diante do Paraguai, no último sábado, que é voltada para reforçar o setor de retaguarda e que também vai na linha do modelo "mais entrega" e "menos genialidade" pregado por Lúcio após dois empates na disputa continental. Maicon é força e defesa, Daniel Alves é ataque e espetáculo.

O discurso do zagueiro que defende a seleção desde 2000 e foi titular nas últimas três Copas do Mundo deu uma 'chacoalhada' no ambiente. Na terça, Júlio César concordou com a bronca do companheiro de Inter de Milão. "Ele merece total respeito, e aqueles que forem inteligentes devem escutá-lo. É um jogador que fala para o bem de todos. Serve de alerta. Todo o grupo encarou de uma maneira positiva o que o Lúcio colocou", disse o goleiro.


Se todos ouviram e assimilaram mesmo as palavras de Lúcio, as trocas de bola em demasia e o excesso de cuidados para não se dar chutões no setor defensivo, além da subida ao mesmo tempo dos laterais serão coisas raras diante dos equatorianos. Assim como Neymar, Robinho e Alexandre Pato dificilmente repetirão os cortes e os trejeitos a mais na hora de concluir lá na frente, como fizeram na estreia contra a Venezuela, especialmente no primeiro tempo.

Robinho, aliás, deve voltar ao time titular depois de amargar o banco. Pato está pressionado pela falta de gols e por conta da sombra de Fred, que na última partida salvou a equipe de um vexame. "O que está faltando são os gols. Tenho certeza que eles vão começar a sair, e a partir daí a gente vai jogar uma nova Copa América", afirmou o camisa 9.

A seleção de Mano Menezes ainda tem a pressão de seus principais rivais, Argentina e Uruguai, que depois de também passarem por um começo titubeante - dois empates - venceram suas partidas decisivas e garantiram suas vagas nas quartas de finais. O Brasil passa com um simples empate, mas não vencer significa o início de crise, tanto técnica quanto de confiança.

O ponto positivo para o time verde-amarelo é que o adversário, que já não impõe tanto medo, ainda estará desfalcado de um de seus principais jogadores, o meia-atacante Valencia, do Manchester United, por conta de um problema em um dos joelhos. O Equador soma um ponto e precisa vencer para se classificar, o que eliminaria a seleção brasileira. Paraguai, com dois, e Venezuela, líder com quatro, terão jogado um pouco antes.


FICHA TÉCNICABRASIL X EQUADOR
Local: Estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba (Argentina)
Data: 13 de julho de 2011, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai)
Assistentes: Miguel Nievas (Uruguai) e Hernán Maidana (Argentina)

BRASIL: Júlio César; Maicon (Daniel Alves), Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho (Jádson), Alexandre Pato e Neymar
Técnico: Mano Menezes

EQUADOR: Marcelo Elizaga; Gabriel Achillier, Frickson Erazo, Norberto Araujo e Walter Ayoví; Oswaldo Minda, Cristian Noboa, Segundo Castillo e Michael Arroyo; Christian Benítez e Felipe Caicedo
Técnico: Reinaldo Rueda

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