Após quatro anos, Real busca vitória no Camp Nou para encerrar freguesia

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Time precisa vencer o Barça para seguir na Copa do Rei. Herói do último triunfo na casa do rival, Julio Baptista aconselha marcação no ataque

Por Thiago BarrosRio de Janeiro
Lá se vão quatro anos desde a última vitória do Real Madrid sobre o Barcelona no Camp Nou. De lá para cá, muita coisa aconteceu para agitar a maior rivalidade do futebol espanhol. Com Messi, Xavi e companhia, a equipe da Catalunha tornou-se referência para todo o planeta, jogando bonito, conquistando todos os títulos possíveis e atropelando o rival, com direito a goleadas por 6 a 2, em Madri, e 5 a 0, em Barcelona. Nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília, com transmissão em tempo real do GLOBOESPORTE.COM), as duas equipes voltam a se enfrentar em um cenário favorável aos culés.
O Barça derrotou o Real no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Rei, semana passada, por 2 a 1, e precisa de um empate para despachar o rival novamente - como vem acontecendo quase sempre que eles se encontram na "Era Guardiola". O que Cristiano Ronaldo e companhia podem fazer para evitar isso? Além de precisarem vencer por dois gols de diferença, eles podem tentar buscar a resposta com o último homem a marcar um gol numa vitória dos merengues sobre os catalães dentro do Camp Nou: o brasileiro Julio Baptista, hoje no Málaga.
- O Barcelona hoje em dia joga um futebol que, realmente, é o melhor do mundo, mas não é imbatível. Existem falhas. Claro que não é fácil analisar, é muito complexo, mas acredito que incomodá-los no campo deles seja a melhor tática. Porque eles querem a bola, querem tocar bastante até cansarem o adversário e acharem brechas. O time que quiser vencer o Barça precisa se dedicar muito na marcação, pressionar lá em cima e, é claro, não desperdiçar a posse de bola, porque eles também são muito rápidos na hora em que roubam a bola e saem nos contra-ataques - disse, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
Julio Baptista real madrid gol barcelona 23/12/2007 (Foto: Agência EFE)Julio Baptista bate no peito: gol inesquecível marcado no Camp Nou em 23/12/2007 (Foto: Agência EFE)
Era antevéspera de Natal do ano de 2007. Do lado dos blancos, Van Nistelrooy, Sneijder e Raúl. No time da casa, Ronaldinho Gaúcho, Eto'o e Deco, além de Xavi e Iniesta ainda longe do status de craque que têm atualmente. Em jogo, a disputa pelo primeiro lugar do Campeonato Espanhol. E Julio Baptista se lembra perfeitamente de qual foi o desfecho daquele clássico e da competição.
Julio Baptista real madrid gol barcelona 23/12/2007 (Foto: Agência Reuters)Julio Baptista comemora gol em 2007. Iniesta,
ainda "coadjuvante", lamenta ao fundo (Reuters)
- É um clássico que sempre vai parar o mundo inteiro. Todos querem saber o horário, querem ver, e aquele momento em que atuei nessa partida foi inesquecível. Nosso time estava em grande forma. Lembro que ganhamos o jogo, passamos o Barcelona nos pontos e, então, tivemos mais tranquilidade e autoestima para buscar o título da Liga. Foi um grande golpe que demos conseguir a vitória naquele jogo. Imagina a emoção. Jogar um clássico desses já é incrível, marcar um gol então... Vai ficar gravado para sempre como uma coisa muito bonita na minha carreira - recordou o jogador, orgulhoso do gol marcado.
Aquele foi o último caneco do Real no Campeonato Espanhol. De lá para cá, viu o rival conquistar três títulos nacionais seguidos, além de duas Ligas dos Campeões da Europa. Nos últimos oito clássicos, somente uma vitória: na final da Copa do Rei da temporada passada.
Torcida do Barça já prepara mosaico para mais uma festa
Na história dos confrontos, o Real Madrid ainda leva vantagem: 79 vitórias contra 74 do Barça, além de 37 empates. Quando se trata de partidas na Catalunha, no entanto, os culés têm amplo domínio: 55 vitórias, 18 empates e somente 21 derrotas. E quando se leva em conta as derrotas por dois gols de diferença, como a que o Real precisa impor ao Barcelona nesta quarta, o tabu é ainda mais antigo: vem de 2002, quando Zidane e McManaman ajudaram a bater o rival em jogo da Liga dos Campeões.
abidal real madrid  x barcelona (Foto: AFP)No jogo de ida, deu Barça, com direito a "Ai, se eu
te pego" na comemoração (Foto: AFP)
Por isso, a torcida do Barcelona já está preparando mais uma festa no Camp Nou. O tradicional mosaico exibido atrás de um dos gols do estádio nas partidas importantes estará novamente na arquibancada. Serão 22 mil plaquetas distribuídas aos torcedores para promoverem um belo espetáculo no momento em que a equipe da casa entrar em campo. Os jogadores, porém, seguem cautelosos e pregam o respeito ao Real Madrid, independentemente da crise do rival.
- O Real Madrid é líder, está brigando por uma vaga na semifinal da Copa do Rei e também se classificou na Liga dos Campeões. Jogar contra eles sempre exige o máximo. De fora, não sei o que passa nos vestiários, e também não me importa. Penso apenas na classificação. Sempre é preciso fazer partidas perfeitas contra eles - observou Iniesta.
Nenhum dos dois treinadores revelou com quais jogadores vai começar a partida. O Real Madrid deve manter Kaká e Özil como titulares no meio, formando com Casillas, Arbeloa, Ricardo Carvalho, Sérgio Ramos e Marcelo; Xabi Alonso, Lass Diarra, Kaká e Özil; Cristiano Ronaldo e Benzema.
Pelo Barça, Valdés deve voltar ao gol, e o brasileiro Adriano pode jogar na lateral. A provável escalação é: Valdés, Dani Alves, Piqué, Puyol e Abidal (Adriano); Busquets, Xavi, Thiago Alcântara e Iniesta; Sánchez e Messi.

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Com gol aos 44, Corinthians derrota Flu e é octacampeão da Copinha

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Zagueiro e capitão Antônio Carlos marca duas vezes, garante a vitória por 2 a 1, de virada, e faz a festa de 37 mil torcedores no Pacaembu

Por Gustavo Serbonchini e Marcos GuerraSão Paulo
Um futebol de gente grande. Os garotos do Corinthians mostraram que a bola já não é mais brincadeira e, em uma final emocionante, decidida apenas no fechar das cortinas, conquistaram pela oitava vez o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense. Uma vitória que veio do jeito que o corintiano está acostumado: de virada, com um gol aos 44 minutos do segundo tempo e com o estádio lotado. Mais de 37 mil pessoas estiveram no Pacaembu e viram o zagueiro e capitão, Antônio Carlos, se tornar o herói da manhã desta quarta-feira.
Ele marcou os dois gols da equipe paulista e fez da final entre os dois maiores campeões da Copinha um verdadeiro show de bola. Gigantes, os garotos pouco sentiram o calor da capital paulista e proporcionaram um duelo cheio de velocidade, dribles, belas defesas, drama e muita emoção. No fim das contas, melhor para o Timão, que, em sua 15ª final da competição, faturou a oitava taça. 
torcida do Corinthians na final da Copa SP (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Corintianos fazem a festa com o oitavo título da competição (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Calor e equilíbrio
Os corintianos aproveitaram o feriado de aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo para lotar o Pacaembu e foram contemplados por um calor escaldante. Porém, em campo, o sol parecia não incomodar os jogadores. Os dois times começaram com a corda toda.

Logo de cara, o Fluminense foi mostrando à torcida alvinegra que não estava na decisão à toa. Aos quatro minutos, Marcos Junio levou a melhor em uma dividida com o zagueiro Marquinhos e obrigou o goleiro Matheus Caldeira a fazer grande defesa. A resposta foi imediata. O lateral-direito Cristiano fez boa jogada individual e disparou um foguete, exigindo Silézio salvasse a meta tricolor.
Passada a tensão inicial do jogo, o Corinthians até começou a ter mais posse de bola e apostava nas jogadas pelas pontas, mas a defesa do Flu freava as investidas com uma defesa bem postada. O time “visitante” adotou uma estratégia de recuar seus jogadores para congestionar o setor defensivo. Mas o Tricolor esteve longe de apenas se proteger. Muito pelo contrário.
Os contra-ataques do Flu deram trabalho a Matheus Caldeira. Higor, Eduardo e, sobretudo, Marco Junio chegavam bem ao ataque, sempre na base das tabelas. Na mais perigosa, aos 21 minutos, o mesmo Junio cabeceou rente à trave.
Nos minutos finais, o sol, enfim, parece ter abatido os jogadores. Os elencos não conseguiram manter o ritmo forte e, apesar das inúmeras tentativas, o placar não foi movimentado.
Antônio Carlos comemora gol do Corinthians na final da Copa SP contra o Fluminense (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Antônio Carlos comemora gol que deu o empate ao Timão (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Gol heroico
Na volta do intervalo, o técnico Narciso ainda estava irritado com a atuação aquém do esperado do Corinthians. E a irritação aumentou mais quando a bola voltou a rolar. Logo aos quatro minutos da etapa complementar, Marcos Junio, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou para Michael. O goleiro Matheus Caldeira até teve a bola nas mãos, mas se atrapalhou e deixou a bola nos pés de Michael. O vacilo foi fatal. O jogador tricolor vazou Matheus Caldeira. Foi o primeiro gol sofrido pelo arqueiro na Copinha - o reserva Ravi também havia tomado um gol.
A desvantagem no placar assustou o Timão, que se lançou ao ataque, mas não manteve a organização nas armações de jogadas vista no primeiro tempo. O Flu, por sua vez, manteve-se perigoso. Ronan e Marco Junio sentiam-se em casa e, se não fosse pelas boas defesas de Matheus Caldeira, teriam feito o segundo do Tricolor.
Aos poucos, o Corinthians foi se recuperando do susto e conseguindo neutralizar os contra-ataques do Flu. De tanto insistir, enfim, o gol de empate veio aos 21 minutos. Começava a surgir a estrela de um zagueiro. O capitão Antônio Carlos se infiltrou na zaga tricolor e cabeceou à queima-roupa após escanteio de Matheus, sem dar chances para Silézio, para fazer o Pacaembu explodir de euforia.

A empolgação virou apreensão pouco depois. O goleiro Matheus Caldeira sentiu uma contusão, mas não quis deixar o campo. Mesmo mancando bastante, o arqueiro queria seguir à frente da meta corintiana. No entanto, a pressão tricolor era grande. Depois de Higor quase colocar o Flu novamente na dianteira, aos 31 minutos, o técnico Narciso resolveu colocar o reserva Ravi em campo.
Com medo de tomar o gol fatal no fechar das cortinas, o Tricolor começou a cozinhar a partida, tentando levar a decisão para os pênaltis. Um tiro no pé. O Corinthians partiu para o ataque e, no apagar das luzes, fez o gol do título. Coube novamente a ele. O capitão Antonio Carlos, mais uma vez de cabeça, balançou a rede e sacramentou a vitória aos 44 minutos. A torcida passou a gritas “é campeão”. Pode comemorar mesmo, corintiano, o Timão é octacampeão da Copinha.

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No reencontro com o Barradão, Vitória goleia Juazeiro por 6 a 1

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Na estreia em casa pelo Campeonato Baiano, Rubro-Negro vence e assume vice-liderança da competição

Por Raphael CarneiroSalvador

As lembranças do Barradão para a torcida do Vitória não eram das melhores. Na última vez em que a equipe atuou no estádio, sofreu a virada para o São Caetano e jogou fora a chance de voltar à Série A do Campeonato Brasileiro. Mas neste domingo, 64 dias depois, um triunfo para jogar longe qualquer lembrança negativa: 6 a 1 em cima do Juazeiro.
Os fantasmas da Série B do ano passado foram expulsos com um show de gols. Neto Baiano, que chegou a perder um pênalti, marcou três vezes. Uelliton, xingado pela torcida por ter revelado o desejo de sair do Vitória, fez dois. Lucio Flavio, capitão da equipe, foi o autor do outro.
Neto Baiano gol Vitória (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)Neto Baiano comemora mais um gol do Vitória (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)
Com o primeiro triunfo neste Campeonato Baiano, o Vitória subiu para a segunda colocação com quatro pontos conquistados. Já o Juazeiro, com duas derrotas seguidas, é o lanterna da competição.
Na próxima rodada, nesta quarta-feira, o Vitória vai enfrentar o Vitória da Conquista, no estádio Lomanto Júnior, às 21h50min (horário de Brasília). Já o Juazeiro recebe o Atlético-BA no estádio Adauto Moraes, às 20h30min.
Susto no início e tranquilidade no final
No retorno ao Barradão, o Leão mostrou quem mandava no estádio desde o começo. No segundo minuto, Neto Baiano recebeu sozinho na entrada da área e chutou cruzado, mas para fora. A chance foi só um ensaio para abrir o placar. Cinco minutos depois, em lance similar, o atacante mandou para o fundo das redes de Bruno.
Apesar de ter levado o gol logo no começo, o Juazeiro não se intimidou. Apesar de inferior tecnicamente, conseguiu assustar o Vitória. Após um bom passe de Alan, Nino chutou cruzado e empatou o jogo.
Mas não demorou muito para o Vitória transformar a superioridade técnica em números. Uelliton arriscou de fora da área e contou com o desvio no zagueiro Dias para encobrir Bruno e fazer 2 a 1.
Assim como aconteceu no primeiro gol, o Juazeiro não desanimou com a desvantagem. A equipe do interior do estado chegou com perigo com Nino Guerreiro, mas desta vez Douglas levou a melhor e evitou o empate.
Com o domínio do jogo, o Vitória voltou a marcar aos 37 minutos. Rildo foi derrubado por Itamar dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Neto Baiano fez o segundo dele na partida.
Minutos depois, foi a vez de Uelliton balançar as redes de novo. O volante recebeu um passe de Lucio Flavio e chutou de primeira, sem chances para o goleiro Bruno.
Segundo tempo para selar o reencontro
Com o placar construído, o Vitória retornou para a segunda etapa ainda mais tranquilo. O Rubro-Negro só não conseguiu manter a média de gols por causa da boa atuação do goleiro Ezaul, que substituiu Bruno no intervalo.
A segunda etapa contou ainda com um lance curioso. Aos 15 minutos, Rildo entrou na área pela direita e caiu após um choque com Araújo. No mesmo instante, o árbitro Arilson Bispo da Anunciação marcou pênalti. No entanto, após pressão dos jogadores do Juazeiro e conversa com o auxiliar, ele mudou de opinião e deu tiro de meta.
Três minutos depois, um pênalti para valer. Após passe de Arthur Maia, Neto Baiano foi derrubado por Mateus. Na cobrança, o pé de apoio do jogador levantou um pedaço do gramado, o que fez com que a bola se deslocasse e fosse para a arquibancada.
Entre um susto ou outro do Juazeiro, o Vitória manteve o domínio e conseguiu ampliar com um belo chute de Lucio Flavio na entrada da área. No último minuto da partida, Neto Baiano fez o terceiro gol dele no jogo e fez com que o torcedor voltasse a comemorar na arquibancada do Barradão.

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